Lua crescente

Há dias em que constatamos algumas mudanças internas.
Não que elas aconteçam no piscar de olhos.
Cada um tem seu tempo.
O desconforto de uma roupa as vezes precisa de ajuste, a gente emagrece ou engorda.
E outras vezes, o modelo já deu.
A cor, o tecido, a circunstância que nos fez eleger aquele gosto da estampa mudou, passou.
Temos fases, sim.
Como a lua e a natureza de tudo que há.
Mudamos simplesmente.
Que bom!
Significa interesse, evolução, maturidade.
E há mudanças que precisam da nossa constatação.
Isso vale pra tanta coisa.
Falei de roupa , por falar.
Há verdades que carecem uma leveza ao serem ditas.
Mas isso vale para os hábitos, as conversas, as ideias e os relacionamentos.
Quem some e não faz falta, nunca esteve.
Deixa ir… deseje um bom caminho.
Se o dia é de chuva, não reclame , coloca a plantinha lá fora.
De tudo, há lições e resiliências possíveis.
No tropeço, existe a tendência de culpar a pedra ou apegar-se a ela. Cuidado!
A pedra apenas estava ali.
A atenção com os nossos passos é só nossa.
O caminho de dentro é único e intransferível.
Ele sempre nos traz o que procuramos com sinceridade.
“De repente” está ali em seu coração, a paz almejada, o perdão, o entendimento claro do quanto não vale a pena nenhum tipo de prisão ao que não está no nosso alcance mudar.
Mudamos nós.
Para melhor caminhar.
Caminhemos pois, em direção a nós mesmos.
Tudo é um espelho da nossa condição de lidar e fazer do sentimento um lugar especial , onde possa morar o bem, a esperança, a firmeza e a fé!

Flávia Wenceslau

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