Todo tempo do mundo
Diante do tempo estamos nós.
Cada pequenina criatura.
E Diante da grandeza de tudo, existem os entretempos.
O plantar e colher.
Chorar e sorrir.
O tempo da cobrança e o de ser cobrado.
Na realidade daquilo que conseguimos compreender.
Na felicidade possível, das esperas mais serenas, e as transformações que nos proporcionam temperança.
Há o tempo de refletir e reconhecer.
De errar, de sofrer e aprender.
O tempo da soberba, de cuspir no prato que se alimentou.
O tempo das palavras ferinas que transparecem a revolta daqueles que não tem tempo para Deus, e mal resolvidos das próprias fraquezas, querem um responsável do tempo gasto a se iludir com falsos amigos, de fajutas declarações.
Estamos nós diante de todo o tempo.
Do tempo que nos aceita , do tempo que é sempre tempo de buscar mais humildade.
Para que chegue o tempo das flores, da alegria, do amor e da verdade.
Não há absolutamente nada que a gente faça, que fique sem resposta.
A maneira como passamos pelo tempo, é quem diz o que somos e como estamos.
Todo apego, é apego a nada!
O tempo soberano coloca cada um em seu lugar, no devido tempo da justiça.
Da balança exata.
Sobre a irresponsabilidade e arrogância.
E assim, também sobre a luta clara e limpa, dos que buscam a luz do bem e da integridade.
Todo tempo do mundo!
Flávia Wenceslau